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Chaplin no filme "Tempos Modernos"

terça-feira, 15 de maio de 2012

Taylorismo no Brasil

A primeira ação concreta para a introdução do taylorismo no Brasil, por parte do empresariado, foi a criação, em 1873, do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Seguindo a proposta de organização do trabalho predominante na sociedade brasileira da época, este Liceu selecionava e treinava os trabalhadores de acordo com os princípios tayloristas de produção.

Nesta época, São Paulo possuía pouco mais de 30 mil habitantes e era dado o início à industrialização. Imigrantes europeus dedicam-se, no interior, às plantações do café e, na capital, à instalação de fábricas. Nesse ambiente próspero, 131 cidadãos paulistas liderados pelo Conselheiro Leôncio de Carvalho acreditando na educação popular como forma de crescimento e, visando criar uma escola profissionalizante a fim de atender as necessidades de mão de obra especializada, fundam a Sociedade Propadadora de Instrução Popular. Sendo que as escolas públicas apenas atendiam crianças órfãs e abandonadas, pela primeira vez no país, filhos de operários e de camponeses têm acesso à alfabetização. A cultura deixa de ser privilégio da rica burguesia e se democratiza.

Nove anos depois, em 1º de setembro de 188, a Sociedade introduz no currículo cursos profissionalizantes e passa a chamar-se Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Objetivo: formar artesãos e trabalhadores para as oficinas, o comércio e a lavoura.

A ênfase dada na implementação dos princípios tayloristas, no Brasil, foi a educação e a disciplina a ser adotada pelo trabalhador visando a maximização de sua força de trabalho e a retirada de seu poder reivindicatório e de organização. Obtém-se, assim, um trabalhador economicamente rentável e socialmente dócil.

2 comentários:

  1. Prezadas Estudantes:

    Muito bom o trabalho de vocês. O conteúdo foi conciso e vocês utilizaram muita criatividade na teatralização; revelando, inclusive, alguns talentos para a interpretação! Que bom! Vamos em frente! Até o semestre 2012.2.

    Abraços,

    Verena.

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